
Neste último dia de julgamento, foram, julgados dois irmãos que praticaram crime bárbaro, que mataram um deficiente físico para ficar com a sua casa, eram traficantes, foram descobertos por acaso, e no julgamento, mesmo foragidos, foram condenados.
Os réus, Deonis Barbosa de Souza, vulga “langueira” e, seu irmão Reinaldo de Jesus, irmãos naturais, porém não se sabe porque na hora de registrar, a mãe dos dois, registrou um com um pai e o outro sem o nome do pai, embora eles tenham consciência e conhecimento que são filhos do mesmo pai e mãe.
Tanto Deonis quanto Reinaldo, são primos de Otelino de Jesus, embora Otelino não tenha cedido às ameaças dos dois, Deonis e Reinaldo para que deixasse a residência, que ele Otelino havia herdado e morava com sua mãe, Deonis arquitetou a morte de Otelino e junto com o irmão Reinaldo, foram até a casa de Otelino que era aleijado devido a um derrame e era cuidado por sua mãe, Deonis entrou pela janela e deflagrou 3 tiros de revólver calibre 38, matando a vítima na hora. Reinaldo fugiu, mas Deonis acabou ficando e se uniu a Marcos Alves de Jesus, outro elemento envolvido no mundo das drogas mas como usuário, já que a droga encontrada em sua casa, era de Renato, que fugiu quando a polícia chegou em sua casa, e por tráfico Deonis foi preso; e a morte de Otelino ainda estava sob investigação, mas Deonis acabou contando a Marcos que a morte de Otelino foi causada por ele e o irmão Reinaldo e, ao depor na delegacia, Marcos ainda sem saber o nome direito de Reinaldo, a quem chamada de Renato ou Tom, acabou contando para a polícia, e Deonis acabou continuando preso pelo homicídio, e Reinaldo que morava no Projeto Maravilha, se mandou. Mas interrogado na delegacia, Deonis acabou confessando o crime, dizendo que Otelino havia o atacado com a tranca da porta, mas isentou o irmão Reinaldo, falou que matou Otelino por que este não gostava dele e, que foi a sua casa buscar folhas de remédio. A polícia foi á casa de Deonis e lá encontrou uma bermuda suja de sangue, e disse que a bermuda era de Reinaldo, mas ele estava vestindo a roupa, quando matou Otelino, e mais uma vez isentou o irmão da culpa pela morte de Otelino. O crime aconteceu na rua Boa vista 420 Pequi, no dia 08 de abril de 2000, por volta das 9 horas. Como o irmão Deonis já estava preso, através de um mandado de prisão Reinaldo foi preso, mas tempos depois acabou fugindo do presídio. O crime foi premeditado, cruel e sem dar chance a vítima de esboçar qualquer tipo de defesa, já que o mesmo era deficiente, mancava de uma perna e tinha um braço enrijecido.

A acusação esteve a cargo do promotor Dr. João Alves que primeiro, deu vários exemplos de pessoas que tendem para o mal, Dr. João fez uma citação, sobre o desprestígio da justiça e, que ser autoridade neste país, é uma desmoralização, que a própria sociedade, que clama por justiça, acaba ajudando a denegrir a imagem do judiciário, pois quando acontece algo com pessoas alheias ao seu convívio desta mesma sociedade, estas pessoas, sempre pedem para amenizar a pena, que o indiciado é gente boa mas quando esta mesma pessoa faz algo com um parente, a sociedade pede até a pena de morte. Dr. João ao iniciar a acusação, disse que Otelino havia recebido a casa de herança, mas que Reinaldo e Deonis estavam de olho na casa e que Deonis, havia feito muitas ameaças, e que na noite de 8 de abril, foi até a casa de Otelino, entrou pela janela e desferiu os tiros, mas que Reinaldo estava do lado de foram da casa esperando o fim dos acontecimentos, utilizando sempre das minúcias do crime, da índole dos assassinos, da frieza de ambos e, que só foram descobertos devido a Denúncia de Marcos, que ficaram presos, Reinaldo fugiu e Deonis acabou sendo liberto por força de extinção de prazo de prisão. Tudo que o promotor pode usar na acusação ele usou.

Depois do almoço, começou a defesa, que primeiro foi feita pelo jovem advogado Dr. Rafael Vaz Brasil e a complementação foi feita pelo Dr. Ronaldo Raimundo de Jesus. Depois de Dr. Rafael, Dr. Ronaldo iniciou a sua oratória, buscando desqualificar a participação de Reinaldo no crime, disse que a acusação, tentava colocar uma pessoa inocente no local do crime, usou o processo como arma de defesa, Dr. Ronaldo, disse que a confissão, feita na delegacia foi debaixo de pau, que lá, é lugar que filho hora e mãe não vê, que primeiro a polícia “arrebenta” e depois faz as perguntas. Que nem passa pela sua cabeça, como ele Reinaldo estava sendo acusado, se nem na casa onde aconteceu o crime ele não estava, e que não pode dar crédito a palavra de um usuário de drogas, e que ele, defesa não gosta de usar o termo de traficante, pois, um dia podem se regenerar, porém sempre que podia, Dr. Ronaldo, jogava a culpa na polícia de como as confissões foram arrancadas.
Vindo para a réplica, Dr. João reiterou as acusações, e foi mais além, quando disse que, o crime é duplamente qualificado, por motivo torpe, e sem dar nenhuma chance de defesa, e que o único gesto de defesa foi feito com a mão numa, tentativa de proteção, quando um tiro atravessou a sua mão, outro na região temporal saindo abaixo do queixo e o outro, entrando perto das costelas atravessando o coração, que o crime foi premeditado e covarde.

Na tréplica novamente Dr. Rafael, voltou dizendo que a culpa de processos tão mal feitos, é da polícia, que muita coisa no processo, não condiz coma verdade e, trançando a sua linha de defesa, encerrou sua participação, tendo o MM juiz lido os quesitos para serem julgado e todos foram para a sala secreta. Por mais de uma hora, deliberaram e, desceram para a o salão do júri, quando Dr. Otaviano leu a sentença, mesmo diante de duas atuações brilhantes na defesa, os irmãos Reinaldo de Jesus e Deonis Barbosa de Souza, acabaram condenados a 14 anos de prisão cada um, como estão foragidos, expediu-se um edital com a sentença, podendo os dois serem presos a qualquer momento, basta um descuido e os dois vão cantar atrás das grades.
FOTOS: rota51.com
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