Nascido no Rio de Janeiro e há 20 anos transitando entre o Brasil e a china, o marqueteiro, professor, editor e geógrafo, Vladimir Milton Pomar 57, esteve nesta 5ª feira em Eunápolis a convite do Secretário de Desenvolvimento Econômico Roberto Martins, para falar sobre a China e a sua vontade de comprar do Brasil, mas o empresário brasileiro em sua maioria, não está preparado para uma maratona empreendedora como esta.
Segundo o articulador comercial, a China hoje é um país tanto comprador como vendedor, e para cada slide que ia mostrando, havia sempre uma história a ser contada, a China segundo Vladimir, não tinha o leite como alimentação, hoje é uma dos maiores produtores do mundo, exatamente por falta de fornecedores. Somente o Brasil para o metro do Rio de Janeiro, o Brasil comprou 38 vagões, a saber que o transporte da China é feito por vagões ou por mar, mas altamente eficiente.
De acordo com o trabalho feito, é certo que existe, o protecionismo, pois ninguém quer matar a galinha dos ovos de ouro, mas para vender para a China é preciso produtividade e logística, a exportação de carne, queijo, e outros produtos, é sempre uma oportunidade de ganhar dinheiro, mas também é preciso competir com os melhores do mundo e parece que o Brasil é medroso, ele dá as costas para o mundo, enxerga só o mercado interno e acha que está fazendo grandes coisas, Vladimir disse que as construções de grande porte na China, quando demora muito, demora uns 2 anos, ou quase, mas que são obras megalomaníacas, o chinês tem estas coisas.
A política na China é algo sem precedentes, os estudos são quinquenais, os projetos não são dos políticos, mas sim do governo maior, pois tudo tem que obedecer ao comando geral, por exemplo no Brasil, cada eleição, um prefeito, governador ou presidente da república, tem o seu plano de governo, na China ele obedece a um plano geral, de continuidade, um prefeito por exemplo, tem que seguir o plano geral e nunca a sua cabeça, é por isto que o progresso é iminente e rápido.
Foi uma palestra muito interessante, onde se falou de comércio exterior, política interna até a comida, tudo tem o seu valor, dentro do contexto cultural da China, a venda de carnes, tem a concorrência da Rússia, que chega até ser um pouco de chantagem, mas o volume de comercio chega aos 7,5 biliões de dólares, o protecionismo não é negociado, mas quem souber ter logística e empreendedorismo, ganha dinheiro, uma empresa que quiser ter negócios com a China, envia um funcionário para aprender a língua local que é o “mandarim” e, se no primeiro ano, o aluno for bem, o governo financia o estudo total, o investimento é pouco mas altamente compensador.
Empresas brasileiras perderam o a credibilidade na China, por tentarem fazer como fazem no país, ficaram descredibilizadas e tiveram que sair do mercado chinês, e um dos produtos que mais viabiliza isto é o açúcar, mas segundo Vladimir, a China é hoje um mercado a se pensar, até mesmo para se instalarem em solo Chinês e que em muitos casos, o maior sócio é a própria prefeitura, pois proporciona crescimento, visando o bem estar interno, nos slides da galeria de fotos, demonstrativos sólidos da palestra.
FOTOS: PBarbosa rota51.com