Mais uma vez, nesta semana nacional do júri, antes de começar os debates o MM Juiz Dr. Otaviano sobrinho presidente do júri de Eunápolis, Dr. Otaviano deu uma aula de civilidade, que deveria ser ouvida, pelo Congresso Nacional e alguns juristas que togados, falam da aplicação da lei, mas parecem tão leigos como qualquer cidadão que só sabe o que lhe é contado, pois parece que os seus discursos, só servem para chover no molhado, segundo o magistrado, o discurso de combate a criminalidade é só para executivos, a polícia civil investiga os fatos mas os julgamentos não impedem os crimes, Dr. Otaviano, se referiu à semana nacional de julgamentos, quando todo mês, uma semana é tirada somente para estes júris, mas que em Eunápolis até o momento, já foram cometidos entre 63 ou 64 crimes, a polícia civil investiga, detém os culpados, a justiça julga, mas o “governo só olha para dentro de sua própria casa”. E o TJ mas o CNJ institui a semana nacional de julgamentos, mas os crimes continuam acontecendo. O rota51.com, sempre tem publicado que segurança é do governo do estado, alguns buscam na constituição, alguns detalhes que acham que desmistificam esta observação, e quando um magistrado diz, que “o governo volta seus olhos para dentro de sua própria casa”, dá-se a entender que os congressistas só fazem leis para eles mesmos, mas esquecem que o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes e o governo não lhes dá a menor atenção; mas vamos ao julgamento desta 3ª feira 12/07/2016.
Na presidência do júri Dr. Otaviano sobrinho, na acusação o promotor Dr. Dinalmari Mendonça, e na defesa mais uma vez, Dr. Fabricio Ghill Frieber, são duas feras da justiça criminal, fazem as leis serem cumpridas da melhor forma possível, como também o é, Dr. João Alves indiscutivelmente uma das cabeças pensantes que quando fala, o salão do júri deveria estar cheio, pelo menos para que alguns tivessem uma verdadeira aula de cidadania, e aprendessem pelo menos a eleger seus representantes.
No julgamento deste dia, no banco dos réus, Élson da Silva Rocha 23, mais conhecido como “Sinho”. Elson foi acusado de em 2011, ter matado com um tiro na cabeça Ronie Aniceta de Jesus, na rua José Fontana bairro Juca Rosa no dia 08 de novembro de 2011. No mesmo processo dá-se contra de que Elson também é investigado pela morte de Maurício de jesus Oliveira, em 20 de novembro de 2011. A acusação dava conta de que Elson era traficante e que trabalhava para o traficante Uanderson mais conhecido como “Quadrado” e Andrews, conhecido como “DU” e, que foi com o revolver deste, que ele matou Ronie. No inquérito mostra que Elson foi procurado por Ronie para comprar 4 pedras de crack e de posse das pedras sacou uma faca e disse que não ia pagar a compra e ainda pior cima, agrediu Elson com uma faca, riscando suas costas.
Por conta disto, Elson foi em casa, pegou um revólver Rossi, calibre 38 e foi atrás de Ronie, encontrando-o iniciando o uso de uma das pedras, e que neste momento, Ronie sabendo que ia morrer e, com o revolver encostado em sua cabeça, pediu clemência dizendo que também trabalhava para outro traficante de nome Lialdo, mas o pedido não foi atendido, tendo Elson disparado apenas uma vez, e Ronie teve morte instantânea.
Ronie já tinha diversas passagens por furtos, roubos e tráfico de drogas entre Eunápolis e Porto Seguro, sendo que em uma das vezes foi preso junto com Dalvão, morta no Pequi. Já ao ser ouvido pelo Dr. Otaviano, Elson disse que não foi ouvido na delegacia e que a assinatura de seu depoimento não era dele, que na época o delegado perguntou se ele, tinha sido preso em Itabela e ele disse que não e, que o que ele falou na delegacia, foi extraído sob tortura, que na realidade ele foi preso á noite em Itagimirim e só foi entregue na delegacia de madrugadas no início da manhã. Ao juiz, o promotor e seu advogado de defesa, Elson negou a autoria do crime, e outros delitos e confirmou que em sua menoridade já havia cometido crimes, mas depois que ficou mais velho, tomou juízo e começou a trabalhar e que inclusive no dia do crime ele trabalhava no trailer da Marta.
Tendo iniciado a sua iniciado a sua acusação Dr. Dinalmari, técnico como sempre, buscou no processo, dados que pudessem fazer com que os jurados condenassem Elson por crime duplamente qualificado, motivo torpe e sem ter dado chances de defesa à vítima, mas no processo, a única acusação a Elson era feita por ele mesmo, mas a acusação não pode deixar de acusar, o promotor tem que seguir o seu rito acusatório, pois ali ele representa o estado e a sociedade. Veio o intervalo para o almoço e depois iniciou a defesa. Dr. Fabrício, sempre atento como deve ser todo bom advogado, viu que no processo contra Elson, não havia uma testemunha sequer que pudesse incrimina-lo, e o que mais lhe chamou a atenção, é que Elson deu na delegacia declarações, tão lúcidas e claras, que só ele mesmo poderia incrimina-lo, mas um fato chamou a atenção: “as assinaturas em algumas folhas do processo não eram dele”. Ao terminar sua defesa, Dr. Fabricio pediu a absolvição do réu por falta de provas e como não houve réplica e nem tréplica, os jurados foram para a sala secreta, e não demoraram muito a deliberar, e a sentença de Elson veio logo: Elson foi absolvido.
Dentro de mais um dia ou dois, depois que Dr. Otaviano assinar a sua soltura, ele deverá ir para casa e retornar ao trabalho, onde o seu antigo patrão já está o esperando, em todos os julgamentos, aconteceram 3 absolvições, a de um sargento da polícia, a de um jovem que veio do Espírito Santo, que ao invés de ir embora foi fazer segurança em uma boca de fumo e morreu em confronto com a polícia e agora Elson, mas como diz o ditado conselho e caldo de galinha não faz mal a ninguém; a partir de agora todo cuidado é pouco.
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