Para ser aceito
Preciso entrar num padrão
Para ser aceito preciso ser um cidadão
Para ser aceito tenho que ser uma pessoa de “bem”
Para ser aceito preciso ir mais além
Preciso ganhar milhões
Isso é estar nos padrões.
A sociedade determina
Quem é feio, quem é bonito
Quem é bom, quem é maldito
Mas que sociedade é essa?
Com que peso julga essa sociedade?
Cor? Grana, ilegalidade?
Deixasse eu, negra, escrevesse a história
Hoje estariam todos enrolando o cabelo
Para ter glória
Mas na memória da coletividade
O que fica gravada nem sempre é a verdade.
Mas o que fica escondido nas brumas do tempo, segredo guardado.
Um dia é revelado
“ Mas um dia, eu sei, a casa cai e então a moral da história”
Será a nossa vitória.
Rosangela Nascimento