Foram apenas 34 segundos, exatamente 34 segundos, já que o seu recorde é de 14 segundos, e mais uma vez o cinturão vi pra casa com Ronda Rousey.
Valeu pela audácia, pela coragem, e pela vontade de representar o Brasil em um esporte que até agora, prevaleceu em sua maioria, nas mãos dos homens.
Bethe Correia é de Campina Grande na Paraíba e, como cantava Luiz Gonzaga, Paraíba masculina, “macho sim sinhô” assim cantou Luiz Gonzaga e canta até hoje em suas gravações, mas a Bethe pecou um pouco, esqueceu que ia enfrentar a campeã do peso galo do mundo e não se preparou como devia; falou demais.
Bethe como todo mundo, sempre viu a Ronda vencer no chão que é a sua especialidade e, a chave de braço sempre foi o seu maior trunfo, tanto é que nas 12 lutas ela venceu 11 no primeiro round desta forma, então se preparou mais para uma luta de pé, e a Ronda que viu todas as performances da Bethe, também se preparou para uma luta de pé, já que no chão não haveria maiores problemas.
Miesha Tate a sua próxima adversária foi a única que sobreviveu aos primeiros 5 minutos, porém Bethe, além de toda a sua segurança, usou e ostentou de muita arrogância, e isto nem sempre leva a vitória, e já no inicio do combate, Ronda partiu pra cima de Bethe que deu uma cambalhota no ar e, ao levantar já encontrou um ataque muito poderoso, e não resistiu aos diretos recebidos.
A luta entre Bethe e Ronda foi a luta esperada do card principal, já que em outras lutas, houve a revanche entre Shogum e Minotauro, já que Minotauro venceu Shogum há 10 anos passados, e houve outras lutas, onde os vencedores ganharam um contrato com a empresa UFC.
Após vencer Ronda disse alguma coisa para Bethe, como se quisesse dizer que com “família” não se mexe, sendo que isto foi uma das provocações de Bethe, como exemplo lembra-se Mohammed Ali, ele sempre provocava seus adversários como um ponto marcante do marketing do boxeador, mas as provocações devem ser alicerçadas até certo limite, por que a partir daí, a situação pode inverter, ou seja, ao invés de mostrar força ao adversário e, provocações demasiadas e erradas, podem acabar dando força ao adversário, ele se prepara psicologicamente e acaba vencendo o que está sendo disputado.
Esta foi uma tentativa de trazer o cinturão para o Brasil e Bethe também se esqueceu de outra coisa, pelos feitos no octógono, Ronda também tem muitos fãs no Brasil e estes torceram muito por ela, e Bethe ainda é uma desconhecida, mas mesmo assim valeu pela ousadia em enfrentar uma campeã com uma história incrível, agora é seguir em frente e se preparar para uma possível revanche.
A luta aconteceu no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca.
UFC 190
1 de agosto, no Rio de Janeiro (RJ)
CARD PRINCIPAL
Ronda Rousey venceu Bethe Correia por nocaute aos 34s do R1
Mauricio Shogun venceu Rogério Minotouro por decisão unânime (triplo 29-28)
Glaico França venceu Fernando Açougueiro por finalização aos 4m46s do R3
Reginaldo Vieira venceu Dileno Lopes por decisão unânime (29-28, 30-27, 30-27)
Stefan Struve venceu Rodrigo Minotauro por decisão unânime (triplo 30-27)
Antônio Pezão venceu Soa Palelei por nocaute técnico aos 41s do R2
Cláudia Gadelha venceu Jessica Aguilar por decisão unânime (triplo 30-27)
CARD PRELIMINAR
Demian Maia venceu Neil Magny por finalização aos 2m52s do R2
Patrick Cummins venceu Rafael Feijão por nocaute técnico aos 45s do R3
Warlley Alves venceu Nordine Taleb por finalização aos 4m11s do R2
Iuri Marajó venceu Leandro Issa por decisão unânime (29-28, 29-28, 29-27)
Vitor Miranda venceu Clint Hester por nocaute técnico aos 2m38s do R2
Guido Cannetti venceu Hugo Wolverine por decisão unânime (triplo 29-28)